06/11/10

O retranqueiro mais ofensivo do Brasileirão


















Louco para que não seja mais considerado um treinador retranqueiro e que privilegia o sistema defensivo, o Joel Santana começou a "inventar" os motivos que levaram o Botafogo a ter tantos jogadores machucados, além de sofrer gols nos minutos finais de algumas partidas:

"- Comecei a ter jogadores machucados porque queríamos fazer mais gols. Era só esperar o adversário vir e dar o golpe final. Não é retranca, mas tem que saber jogar assim. Quantos pontos perdemos por causa de 20 segundos? Isso é campeonato".

Não entendo porque o Natalino quer mudar uma imagem agora, depois de tantos anos de carreira.  Se ele se sente melhor (e consegue os resultados) jogando feio e na retranca, deveria ter orgulho e enaltecer essa sua característica na armação das equipes.  Por mais que muitas pessoas não gostem (eu sou uma delas), não podemos negar que os resultados estão aí, acima do esperado.

Agora, o Joel que me perdoe, mas não caio nessa de que os jogadores se machucaram porque ele queria fazer vários gols nos adversários e que só por isso perdemos pontos nos instantes finais de três ou quatro partidas.

É mentira.

Os empates que sofremos no final de alguns jogos foram por causa de mexidas erradas do próprio Joel, recuos desnecessários e/ou vacilos individuais que em nada significaram que o time estava louco para marcar mais gols.

As contusões então...
...não colou, Joel. 

Repito: Você não precisa se justificar, pois os resultados estão aí. Gostem ou não do seu sistema de jogo e montagem da equipe, estamos na briga pelo título. Só não precisa querer passar uma imagem que realmente não combina contigo, afinal, coragem e ofensividade não são características das suas equipes.

Obs: Mesmo com um sistema que privilegia a defesa, o Botafogo do Natalino conseguiu um feito impressionante neste Brasileirão: Tem um dos melhores ataques do campeonato.


SAUDAÇÕES ALVINEGRAS!!!!

11 comentários:

Anônimo disse...

A questão é exatamente essa. Cada técnico tem suas convicções na arrumação do time em campo. O Joel nunca foi de se atirar muito ao ataque. 1 a 0 é goleada. Criticar? pode sim, no entanto, ao longo da carreira teve inúmeros sucessos. Bem ou mal, o que conta é quantos títulos o time tem. alguém fala dos jogos roubados em decisões de 10, 20 ou 30 anos atrás? O que fica, gostem ou não, é o resultado na história do clube. Em 2006 e 07 fizemos talvez um dos melhores times do Brasil. O time jogava lindamente, era um cenografia de balé ver o Botafogo jogar. Isso tá na memória de todo mundo, mas na flâmula nos nossos quartos, não tem as estrelas dos campeonatos desses anos. Não to valorizando jogar feio, nem futebol de resultados, só to dizendo que temos que ser pragmáticos. Resultado positivo, campeonato traz aumento de torcida, força pro clube etc... Nesse quesito, o Joel tá fazendo e muito bem seu papel, mesmo com os "fahel" que temos que engolir.
jacob

Rodrigo Federman disse...

Pai, por mais que eu não goste dele (Joel), essa é a verdade. Vou torcer para que ele conquiste o título, mas continuo torcendo tb para que ele saia pela porta da frente no final da temporada e que no ano que vem (com dois títulos conquistados) chegue alguém que, enfim, coloque um ponto final nesse Botafogo "comandado" por Alessandro, Fahel e LF!
Abs e SA!!!

Anônimo disse...

não existe mais independência em clube de futebol. Tudo agora é dinheiro, interesse financeiro. O Dorival com certeza tem um monte de torcedores que não gostam quando ele escala b ou c. O Muricy tem suas "escolhas" que muitas vezes, grande parte da torcida contesta. Assim, vale pro empresário-mor Luxemburgo. O Felipão que gosta de lançar jogador, com certeza tem um monte no time que a torcida detesta e pede pra sair durante os jogos. Quando o Joel sair, vem outro que vai escalar outros que a torcida não vai gostar. Não há técnico independente. Então, os fahel da vida são a mercadoria de segunda que são empurradas goela abaixo da torcida por qualquer tecnico. Tava conversando com um jogador em atividade sábado passado que quer retornar à mídia que falou que hoje é interesse. Ele mesmo, apesar do nome que tem, tem que se sujeitar ao "esquema". Portanto, esquece Joel sair. Quem entrar, seja quem for, vai ser como o jeca-tatu do ney galinha, o outro caipira do estevam, ou os medalhões queridinhos da mídia que vão empurrar goela abaixo seus "apadrinhados", a torcida gostando ou não. É pra voce não criar expectativas.
jacob

Rodrigo Federman disse...

Pai, que venham então novos "peixes", pois eu não suporto mais ver Fahel, Alessandro e LF com a camisa do Botafogo. E já que eles são donos das posições com o Joel, prefiro que todos saiam. Qnt ao treinador, tb não vou torcer para ele ficar, pois pra mim é mais do que qualquer coisa, um sortudo. E como a sorte não é eterna e eu não acho a menor graça nas suas piadinhas, não faço questão alguma dele continuar (com aumento salarial absurdo) em GS.
Abs e SA!!!

Ruy Moura disse...

O teu título é engraçado e... acho que é verdade!

Já vi o Joel arriscar na frente várias vezes, incluindo numa final em 2008 contra o Botafogo, em que arriscou desequilibrar o meio-campo para reforçar o ataque e... funcionou.

Eu penso que hoje em dia é necessário, antes de tudo, montar uma boa defesa, e depois partir para o ataque ou o contra-ataque. Foi exatamente assim que conquistamos os títulos dos anos sessenta. Não se pense que por termos aqueles atacantes fabulosos éramos só ataque. não. Muitas vezes foi o Jefferson da época - o fantástico Manga - que assegurou o 0x0 e o 1x0.

O Joel tem noção disso e procura fazer assim. Só não funciona em pleno porque obviamente ele não se chama Mourinho nem Guardiola e os jogadores ao seu dispor são o que são. Mas os princípios ele segue. Não sendo um espanto de treinador, inegavelmente é um osso duro de roer para qualquer um. Ainda bem - enquanto estiver no BFR.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Jacob, na Europa os técnicos não têm parte ativa (leia-se $$$) nas transferências. Geralmente, as transferências, independentemente de quem indica os jogadores e de as comissões técnicas decidirem a entrada, são os presidentes dos clubes que diretamente influenciam as aquisições. Essa coisa de treinador mandar nas transferências tem que ser relativizada no futuro, porque é altamente prejudicial para os clubes e nem sei como é que as diretorias aceitam tais coisas. A não ser que...

Abraços Gloriosos!

Rodrigo Federman disse...

Rui, não seria nada mal um Marinho na vaga do MC e o Guardiola no lugar do incrível Fahel, né? Eu concordo plenamente contigo qnd vc diz que aqui no Brasil todo técnico indica jogador para garantir um aumento salarial (comissões), mas que isso precisa mudar pq é extremamente prejudicial para clubes que buscam o desenvolvimento e profissionalismo.
Abs e SA!!!

luiz sergio cunha disse...

FEDERMAN,

toda a filosofia moderna de gestão empresarial, tem suas ferramentas objetivando açõea concatenadas de integração, somente possíveis em trabalho de equipe.
daí dizermos que o processo, por analogia, funciona como um relógio, cujo objetivo, ou seja, fornecer às horas, só é possível se todas as peças funcionarem de forma correta, pois caso ocorra qualquer dissincronização, travará ou atrasará ou adiantará a hora correta.
a visão do joel, sem falar em esquemas, é centralizadora e tudo fica muito dependente de sua autoriedade e não vejo como um único homem possa gerir um clube de futebol, com acumulo de tantas funções.
quem estuda os adversários em sua esquematização e variações ?
quem estuda as características dos jogadores adversários ?
quem estuda as bolas paradas e jogadas ensaiadas do adversário ? quem estuda as deficiências ofensivas e defensivas do adversário ?
quem monta a equipe contemplando esses dados ?
quem estuda as características do árbitro, para não ser surpreendido pela mesma ?
joel ?

somente uma equipe com pessoas especialistas para esses aspectos poderão levantá-los e, aí sim, sob o comando do técnico, montarem a estratégia de jogo.

não cabe mais no futebol o acaso, o qual tem sua influência assegurada, no momento que uma única pessoa chame para sí essa tarefa.

o tempo dos "monarcas" já passou.

que tenha muito sucesso e como prêmio, que ganhe um contrato com o corinthians, na pedante companhia de um tal de antônio parreira.

abraços,

lscunha

Rodrigo Federman disse...

Putz, Cunha! A partir de hoje, sempre que alguém me questionar o pq não faço questão do Joel (apesar dos bons resultados), copiarei e colarei essa sua resposta maravilhosa.
Falou tudo, meu amigo. Falou tudo!
Abs e SA!!!

disse...

Concordo com o Jacob e ainda digo mais.
O Joel é um dos poucos técnicos que consegue manter um equilíbrio razoável no grupo (elenco).
Não vejo e não leio sobre brigas internas no clube.
Além do mais, contra fatos não há argumentos; é só ver onde estamos e onde podemos chegar que tudo se explica.
Sobre o fato de termos empatado algumas partidas, principalmente no final, digo que a culpa não foi do Joel, pelo menos em várias delas. 2 em que me lembro foi culpa do Elizeu (Patético) e do Alessandro (FRAmengo), mais tudo agora é passado !
O negócio agora é olhar pra frente e torcer como nunca para chegarmos ao BI !!!!

Saudações Botafoguenses

Rodrigo Federman disse...

Gê, não direi que o JS não tem importância no bom ambiente interno. Eu acho que tem, e muita. Mas penso que isso depende tb do grupo, e pela primeira vez, não vejo ninguém que pareça ser desagregador no elenco. Pelo contrário.
Sobre os empates, foi como eu disse. Alguns foram por erros individuais, mas outros foram sim, por medo e estratégia errada do Natalino: Corinthians no primeiro turno, derrota para o Fla no primeiro turno. Sem contar aquela substituição maluca do Jobson pelo Fahel, que graças a Deus não tirou a nossa vitória contra o Galo.
Abs e SA!!!