01/08/23

Último da fila















No final de maio, o Botafogo anunciou a contratação do Diego Hernández, vindo do Montevideo Wanderers.

Eu confesso que não conheço o jogador, mas os relatos dizem que é um cara de habilidade e técnica, com certa facilidade para atuar na criação de jogadas ofensivas.

Os "influcencernalistas" também disseram que o uruguaio conseguia se destacar nos treinos. Inclusive na função mais centralizada, mais ou menos fazendo a posição do Eduardo.

Ótimo! Função que temos carência no elenco. Principalmente quando o camisa 33 não atua.

O Hernández se preparou e aguardou a abertura da janela para poder entrar em campo oficialmente com a camisa do Botafogo... mas desde o início do mês, foram apenas poucos minutos em dois jogos. Sem destaque (como todo o time nessas duas apresentações), diga-se.

Pois bem, já iniciamos o debate, mas vamos aprofundar um pouco: Por que será que com o Caçapa ou esse início do Lage, o Hernández não tem mais minutagem? Todo mundo entra, mas ele nem é um dos cinco relacionados.

Adaptação? Não está treinando tão bem? Não é essa pérola toda que venderam? Ou os técnicos querem ganhar o grupo mais antigo primeiro?

Alguma coisa acontece, pois acredito que se o Botafogo buscou o atacante, a intenção era de reforço ao time já a partir de julho, né? Não faria sentido contratar um cara para não entrar em campo em hipótese alguma.

E aí, você arrisca um palpite?

Para mim, tá com cara de "gato por lebre". 

Espero estar redondamente enganado.


SAUDAÇÕES ALVINEGRAS!!!

16 comentários:

Marcio disse...

Conforme escrevi em um Post anterior, onde o Jacob questionou os porquês do não aproveitamento do uruguaio, mencionei a possibilidade de adaptação; a outra possibilidade encontrei na fala do Lage após o jogo, onde afirmou que nesse primeiro momento queria conhecer os jogadores, desenvolver a equipe e sem deixar ninguém para trás.
Escrevi também que nas duas oportunidades em que esteve em campo, dois jogos frente ao Patronato, o achei um tanto tímido. Reconheço que o 1º jogo o campo de jogo não facilitou a tarefa para o desenvolvimento do futebol e no 2º jogo o "desinteresse foi grande, diante da vantagem no placar.
Desenvolvendo mais as possibilidades, o fato do L. Castro ter trabalhado o D. Hernandez na posição do Eduardo, conforme noticias, não significa que possui as mesmas características de jogo; já na posição de ponta, a outra posição em que pode atuar, pode não cumprir a exigência de correr atrás do lateral adversário.
Se ele de fato tem boa técnica e o tal futebol moderno tem as suas exigências, entendo que o meio termo seria o ideal, ou seja, o jogador fazer um esforço na exigência tática e o técnico encontrar um meio que essa exigência não seja extrema e acabe por impedir que o jogador desenvolva a sua melhor capacidade.
Fato importante também a ser considerado é que o L. Castro sempre se mostrou, no meu entendimento, um técnico rígido na forma de jogo, não por acaso fazia substituições "6 por meia dúzia"; já o Caçapa, por ser interino, logicamente pensou em dar prosseguimento e entregar o time ao Lage em estágio semelhante.
Isso pode ter contribuído para a sua não utilização; embora o Caçapa tenha resgatado o C. Alberto.
Agora com o Lage, pode ser que as chances do uruguaio se apresentem pela possibilidade do técnico ter uma visão um tanto diferente.
Um exemplo foi a utilização do Sauer, escalado no lugar do apenas tático(?) Jr. Santos, para fazer uma função diferente daquela que provavelmente estaria obrigado a fazer se o técnico fosse o L. Castro; Sauer não foi ponta, jogou para "ajudar" ao Eduardo no jogo entre as linhas.
E para terminar, como sou partidário do "jogo é jogo e treino é treino" e o Jr Santos e M. Nascimento receberam até o momento 765 oportunidades, esperarei mais um tempo pelo futebol do Hernández.

SA!!!

Klaus disse...

Talvez não. Bruno Lage está sendo esperto tirando coelhos da cartola, como foi no caso de Sauer no último jogo. Creio que ele está de olho para encontrar uma forma de encaixar Diego Hernández como uma opção. Difícil fazer novas experiências agora quando todos os jogos tem sido como finais de campeonato.

Itamar disse...

Cara tu não tem vergonha na cara mesmo todos já perceberam que esse blog não é de botafoguense todas as suas matérias sempre são criticando a diretoria , o treinador , algum jogador a minha alegria e que o verdadeiro torcedor já percebeu que tu é um farsante infiltrado na torcida botafoguense só não da ainda para ter a certeza se tu e mulambo , tricobicha ou vascaino .

Itamar

Rodrigo Federman disse...

Marcio, esperemos! Tomara que ele tenha logo uma oportunidade. E o mais importante: Justifique o esforço do Botafogo em trazê-lo.

Klaus, claro, mas é estranho ele fazer 5 substituições no ataque/meio e em nenhuma entrar o DH.

Itamar, não tenho culpa se sua capacidade cognitiva é próxima (ou fica abaixo) de zero. Tu é burro que dói! Não perca mais tempo escrevendo aqui, pois se tem algo que o CB não faz questão, é de acéfalos ou quadrúpedes que pisam em teclados ou teclas de celular. Nos faça esse favor, dileto energúmeno.

Abs e SA!!!

Marcio disse...

Aponto aqui uma outra possível causa do não aproveitamento do Hernandez, no caso, na posição do Eduardo.

Disse o L. Castro em janeiro:

"Qual foi o 10 da Copa? Messi, quem mais? A posição 10, que tanta gente fala, foi trocada por dois 8 que chegam à frente e chegam atrás e têm grande volume de trabalho, porque os times não podem se permitir a ter um 10 que seja um jogador largado na frente e não entre na fase defensiva. Isso é impensável hoje em dia, a não ser que tenhamos um Messi. Como não temos um Messi, é melhor jogar com dois 8 e um volante, com esses dois 8 tendo a missão de chegarem à frente e atrás. A Copa nos mostrou isso como tendência"

https://www.fogaonet.com/noticias-do-botafogo/e-camisa-10-tecnico-botafogo-luis-castro-cita-tendencia-observada-copa-do-mundo-essa-posicao-foi-trocada-por-dois-camisas-8/

Se o L. Castro trabalhava o D. Hernandez para jogar na função do Eduardo, aquele que mais se aproxima da posição do 10, e acabou por não utiliza-lo, me parece claro ser uma consequência do que afirmou o próprio técnico em suas observações sobre a Copa do Mundo.
D. Hernandez não é o Messi e portanto não pode deixar de participar da fase defensiva, largado na frente...
Ou seja, pensamento dentro da lógica.
Entretanto, faço a consideração de que o Messi em seu inicio era muito promissor, demonstrava ser muito acima da média, mas era apenas um ponta direita (diferente, claro) no Barcelona.
E a transformação do Messi nesse jogador que o L. Castro fez referência se deu pela visão de um técnico que é muito acima dos outros, Pep Guardiola.
Explicou:

“Messi jogava muito deslocado na lateral e eu sabia do potencial que ele tinha. Tinha claro que era nosso melhor atleta. Um jogador com suas características devia jogar no centro, porque é necessário que toque a bola quantas vezes seja possível”

https://trivela.com.br/espanha/guardiola-explica-como-messi-se-tornou-o-melhor-do-mundo/

Chegando mais à frente, seria um desperdício gigantesco o Messi na ponta direita, pois seria obrigado a correr para marcar o lateral adversário.
Mais centralizado, a sua capacidade técnica acabou por limitar as ações dos adversários... Precisava ser vigiado de perto.
Voltando ao D. Hernandes, na mesma lógica de que não é o Messi, também me arrisco a dizer que os técnicos do Botafogo que trabalharam com o uruguaio não são o Guardiola; e não há nada de errado nisso.
Deste modo, a fala do L. Castro pode ter a sua verdade, mas o Messi que ele fez referência foi forjado nas mãos de um técnico genial; não fosse o Guardiola, Messi estaria em um patamar, ainda que elevadíssimo, um pouco mais baixo.
Para terminar, pode ser que o futebol uruguaio seja semelhante ao argentino no que diz respeito aquele que faz a função do 10, onde os mais técnicos não são chegados a tal obrigatoriedade de marcação.
Como escrevi anteriormente, que o jogador entenda que precisa de um maior esforço e o técnico entenda a melhor forma de utilizar o jogador.
Não podemos nos esquecer que é um jogador da escola uruguaia e sem experiência no exterior, jogando no futebol brasileiro e com técnico de orientação europeia.
É preciso encontrar o caminho convergente.
SA!!!

Rodrigo Federman disse...

Excelente comentário, Marcio. Faz sentido e pode ser por aí também. O fato é que, se contrataram o cara, identificaram potencial. E se ele realmente tem, alguém precisa trabalhar para tirar o melhor e máximo do atleta.
Abs e SA!!!

Marcio disse...

Rodrigo, o caso do Sauer no jogo frente ao Coritiba é um pequeno sinal de que um ajuste pode tirar uma melhor performance.
O Lage declarou sobre ter feito o Sauer ajudar ao Eduardo...
O Sauer declarou o seguinte:

"A estratégia que o Lage pediu hoje favorecia meu jogo e as minhas características. Fico muito feliz pelos meus dois gols"

https://www.terra.com.br/esportes/botafogo/sauer-exalta-superacao-no-botafogo-fruto-do-trabalho-do-dia-a-dia,3f8a8b1d8b973d13f646f75637bda6391hebb183.html

Obviamente que não podemos afirmar como será o restante da temporada do Sauer, mas se há algo certo é que ele não tem a mínima condição de jogar como ponta e fazer a tal recomposição, correr atrás do lateral.
Fez dois gols por estar na entrada da área e fez uma puxada de contra-ataque no melhor estilo do Eduardo, que esteve apagado no 1º tempo.
Um outro ponto é que o Jr. Santos quando pega na bola, sempre conduz para o meio para tentar a finalização... Só que passa longe de ter essa capacidade.
Talvez o Lage tenha pensado que se for para o Jr. Santos afunilar e errar tudo, melhor alguém que entregue mais nessa situação, mesmo marcando menos.
Deixando o resultado do jogo de lado, o fato é que o B. Lage enxergou algo no Sauer que não foi utilizado anteriormente.
Claro que não custa questionar se o Sauer em algum momento conversou sobre o seu melhor posicionamento com o L. Castro.

Uma outra observação a ser feita é que o V. Sá, diferente de outras oportunidades, buscou em sempre ir ao fundo. Ajudou na recomposição, mas foi ponta ponta quando no ataque.

Mudanças leves que não alteram demasiadamente a forma de jogo estabelecida, mas que dão a tão necessária variação, pois quando necessário, poderá retornar ao ponto inicial.

SA!!!

Rodrigo Federman disse...

Sim, Marcio. Apesar de que, sobre o Sauer, sempre falávamos que ele tem mais perfil centralizado do que ponta. Ainda assim (e apesar dos dois bonitos gols), eu não vi a atuação estupenda que muita gente viu dele no domingo.
Abs e SA!!!

Marcio disse...

Rodrigo, sobre a atuação do Sauer, discordo um pouco de você.
Acho que teve um jogo muito bom, ao lado do Sá e do T. Soares; claro que tudo é questão de percepção pessoal.

Sobre o posicionamento, de fato comentamos em muitas oportunidades e, no caso, talvez, sacrificado no indefectível 4-3-3, onde os substitutos deveriam fazer o mesmo que os substituídos, independente de características individuais.
O fato é que, sem debater jogadores, se essa "nova versão" do Sauer for confirmada, a direita terá 3 jogadores podendo entregar jogos diferentes; Jr. Santos, M. Segovia e Sauer.

SA!!!

Rodrigo Federman disse...

Possa crer, Marcio. Achei um jogo ok, mas ainda muito distante do que precisamos. Ou até mais: Do que foi falado dele quando contratado.
Abs e SA!!!

Marcio disse...

Rodrigo, o saudável direito de concordar, discordar, apresentar proostas, debater...
Sem isso não há caminho viável.
SA!!!

Rodrigo Federman disse...

Exato, Marcio. Pena que ainda tem idiotas incapazes de pensarem assim. E infelizmente não são poucos.
Abs e SA!!!

Marcelo disse...

Eu acho curioso dentro dessas análises de vocês sobre a questão do uso do Sauer, no lugar do Junior Santos nesta partida contra o Coritiba, é que vocês ignoraram aquela que a justificativa mais simples para essa troca ter dado certo:
O Lage assistiu ao jogo do Coritiba contra o Fluminense, e o "tape" contra outros adversários e identificou que o lado esquerdo do Coritiba não apresentava grandes perigos para o lado direito da defesa do Botafogo e que por isso poderia fazer a opção de abrir mão do Junior Santos fazendo o papel defensivo de contenção, mesmo sem ter o Adryelson como titular na partida.

São essas coisas que eu reclamo aqui. A antipatia pelo Junior Santos faz com que sequer seja cogitada, esta, que é a motivo mais provável.

Rodrigo Federman disse...

Marcelo, baseado em que você afirma que é a justificativa mais simples? Estamos discutindo justamente possibilidades e todas são bastante aceitáveis. E não é antipatia ao JS. É opinião de que o jogador é fraquissimo para Botafogo. Se você gosta ou está satisfeito ok, direito seu. Mas ninguém é obrigado a pensar igual.
Abs e SA!!!

Marcio disse...

Marcelo, o fato do Lage não precisar do Jr. Santos por acreditar que o lado esquerdo do Coritiba não ofereceria grandes perigos não responde completamente as ocorrências no jogo.
A questão preponderante é que ele escalou o Sauer para o jogo entre as linhas do adversário, como afirmou:

"(...)E sentimos que se tivéssemos um homem que pudesse jogar entre linhas, juntamente com Eduardo, poderíamos ir bem(...)"

E o próprio Sauer afirmou:

"A estratégia que o Lage pediu hoje favorecia meu jogo e as minhas características. Fico muito feliz pelos meus dois gols"

Ou seja, ele foi além da descoberta de não precisar do Jr. Santos e escalou o Sauer em uma posição onde teve as suas capacidades potencializadas.
Entender que não precisa do Jr. Santos não significa que escalaria corretamente o Sauer.
De minha parte, não tenho implicância com o Jr. Santos, apenas entendo ser somente um jogador de correria, o de menor capacidade entre os de frente que mais jogam.
Todavia, escrevi também que se o Sauer confirmar este melhor futebol, sem debater jogadores, a direita ganha três possibilidades, o próprio Sauer, Jr. Santos e M. Segovia.
Em resumo, identificar o problema é uma situação, dar uma solução ótima é outra.
SA!!!

Rodrigo Federman disse...

Isso mesmo, Marcio! Concordo contigo total.
Abs e SA!!!