É curioso que bastou o Botafogo assumir o protagonismo do futebol brasileiro pelo segundo ano consecutivo, que, de repente, alguns clubes e parte da imprensa passaram a se preocupar e querer discutir o Fair Play financeiro por aqui, né?
Outra "curiosidade": Aqueles que começaram com esse assunto foram justamente os clubes acostumados com a hegemonia e tratamento diferenciado da mesma imprensa e da CBF.
Que coincidência, né?
Ontem, na coletiva de apresentação do Adryelson e Vitinho, o Textor foi questionado a respeito. E respondeu:
"- Nós estamos agindo de acordo com o fair play financeiro. Estamos gastando 45% da nossa receita em salários. O restante são em ativos, que vão crescer em valor. As pessoas estão ofendidas que o Botafogo está voltando. Nós somos o mais tradicional, o Glorioso. Nós começamos isso tudo. Estamos aqui e não vamos a lugar nenhum".
Não dá para negar: É bom demais ver que agora temos um gestor que ao menos briga e não abaixa a guarda para ninguém.
Ah, com bilhões fica tudo mais fácil.
Sim, isso é inegável. Mas também é inegável que o JT parece ter um algo a mais de sentimento pelo Botafogo, além de apenas vislumbrar lucro futuro (que é perfeitamente legítimo).
Que continue assim: Deixando o Botafogo no topo, forte e incomodando os "queridinhos".
SAUDAÇÕES ALVINEGRAS!!!
11 comentários:
A questão é muito simples. Como é que você aumenta as receitas do clube? Tendo bom desempenho nos campeonatos, disputando os títulos. Aí a receita aumenta por conta das premiações, patrocínios, bilheteria, venda dos jogadores valorizados, etc. O Textor está simplesmente investindo para ter o retorno.
É isso, AC!
Abs e SA!!!
Pois é, Rodrigo, o "fair play financeiro" que esses hipócritas defendem tem como resultado que um clube só terá um elenco competitivo para disputar títulos depois de anos. Textor diagnosticou corretamente: é para manter o status quo.
Ontem o Mauro Cézar Pereira disse que tudo isso é um castelo de areia e que uma hora a onda vai bater e derrubar. Fala de um empréstimo que o Textor levantou na XP e do alto investimento em atletas. Seria muito bom que viesse uma nota técnica. Estou meio aborrecido com a pressão sobre nossa estrutura.
Com certeza, AC! Mexeu no vespeiro.
Enéias, eu não me aborreço, pois acredito que um empresário como o JT tenha todo suporte financeiro, contábil e jurídico para mostrar/provar o que ele diz. Não acho que ele seria tão tolo de falar aos ventos sem essa garantia.
Abs e SA!!!
Em 09/08/2021, o então presidente Bolsonaro sancionou a lei que possibilita a transformações dos clubes em sociedades anônimas.
Lembro que na mesma época, especialistas fizeram previsões sobre não acreditar na possibilidade de que alguém viesse a investir em alguma SAF...
Pois bem, a lei começou a tramitação em 2019 e foi aprovada em 2021, permitindo tempo suficiente para que a cbf estudasse e tratasse das possiveis adequções.
Podemos então voltar um pouco mais no tempo, lá em 2014, quando o Bom Senso Futebol Clube sugeriu o "fair play" e nada saiu do papel.
https://www.terra.com.br/esportes/futebol/bom-senso-define-fair-play-financeiro-e-quer-apoio-do-governo,e93767a02e0d4410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html?utm_source=clipboard
Teve também em 2021, o presidente do Bahia,Guilherme Bellintani, explicando porque votou contra a regra que limitava a troca de técnicos, citando a não formalização do "fair play": "Na reunião do Conselho Arbitral de 2020, o Bahia já havia lamentado a lentidão prevista para aplicação das penas no projeto brasileiro. Ainda assim, tínhamos esperança que em 2021 fossem iniciadas as punições aos clubes que colocam em campo times que não podem bancar. Para nossa surpresa, o assunto foi 'esquecido' em 2021(...)Ora, se não haverá punição aos clubes que gastam mais do que arrecadam, se todo mundo pode continuar dando calote, se insistiremos em adiar mudanças realmente estruturantes, não venham controlar quantos treinadores eu devo ou não devo contratar em um campeonato."
https://www.bahianoticias.com.br/esportes/bahia/25393-bellintani-reclama-da-falta-do-fair-play-financeiro-na-serie-a-assunto-foi-esquecido
E por fim, segundo o GE, anos atrás a CBF contratou o economista Cesar Grafietti para projetar um modelo de "fair play" e tudo ficou apenas no papel.
https://ge.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2024/09/04/comissao-de-clubes-inicia-debate-para-implementacao-do-fair-play-financeiro-no-brasil.ghtml
Para terminar, não me atreverei a debater sobre investimentos, mas resta claro que o problema se dá apenas pelo fato de alguns se sentirem ameaçados.
Ou alguém se preocupava com "fair play" quando o Botafogo não tinha dinheiro e investia mal o pouco que tinha?
Além disso, condicionar os gastos somente a um percentual das receitas ou algo semelhante é uma discussão muito da superficial e o momento que escolheram para o debate é a comprovação final de que não tem relação alguma como ter uma boa regulamentação para o setor ou algo parecido; é regulamentar para que "eu possa continuar absoluto".
SA!!!
Estamos vendo absurdos prevalecendo no Brasil. Por que? Em última instância, quem valida os absurdos é quem criou os absurdos.
E no futebol não é diferente. O consórcio CBF/STJD está unida com o restante da máfia do futebol brasileiro para minar o Botafogo. E sabemos que é esse consórcio maldito que dará a palavra final.
Enquanto o Flamengo ameaçava transformar o futebol brasileiro em seu desfile arrogante, estava tudo bem, mas agora que está vendo oposição a altura, apelou para o tapetão.
Marcio, pois é...se mexer no establishment, os problemas e dificuldades aparecem.
Abs e SA!!!
Klaus, sim, mas em se tratando de Brasil, isso não surpreende em nada.
Abs e SA!!!
E ainda falta questionar o seguinte:
Como se deu a forma de pagamentos dessas contratações?
SA!!!
Marcio, para eles, falta muita coisa. Rs
Abs e SA!!!
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